A Irani Papel e Embalagem, uma das líderes brasileiras do setor, conclui hoje, 14, a migração para o Novo Mercado da B3, se tornando a primeira do segmento de papel e embalagem a fazer parte do seleto grupo de empresas que possuem o mais alto nível de governança corporativa da bolsa brasileira. Para isso, a companhia cumpriu uma série de exigências referentes a uma maior transparência e fiscalização. Além da criação do Comitê de Auditoria, que já era uma das etapas determinadas pelas regras do Novo Mercado da B3, também criou o Comitê de Estratégia e o de Pessoas, todos vinculados ao conselho de administração.
Listada na bolsa desde 1977, a migração situa a Irani em um padrão de governança corporativa altamente diferenciado. Atualmente existem 404 companhias listadas na B3 e, destas, apenas 160 estão no Novo Mercado, entre elas, agora também a Irani. Reconhecida há mais de uma década por operar no mercado mundial de créditos de carbono, com projetos de redução de emissões registrados na ONU desde 2007, agora a Irani reforça sua governança, se consolidando como líder nos temas ESG. “Migrar para o Novo Mercado é um marco na história da Irani, pois reforçamos o compromisso com altos padrões de governança corporativa, que nos permite tomar melhores decisões de negócio, com maior transparência e equidade”, afirma Odivan Cargnin, diretor de Administração, Finanças e Relações com Investidores.
Eficiência mesmo na adversidade – Mesmo em um ano atípico com um cenário desafiador, a empresa vem apresentando excelentes resultados financeiros. De janeiro a setembro de 2020, a receita líquida atingiu R$ 738,6 milhões e foi 10,9% superior ao mesmo período de 2019. Neste mesmo período, o Ebitda ajustado, que mede a geração de caixa operacional, foi de R$ 163,4 milhões, registrando uma elevação de 10,7% e uma margem de 22,1%.
O processo de migração para o Novo Mercado começou em julho, quando a Irani também realizou uma bem sucedida oferta pública de ações ordinárias (follow-on), com captação de R$ 405 milhões. Com a operação, a empresa prosseguiu com o plano de expansão, denominado Plataforma Gaia, que compreende projetos com um investimento total estimado em R$ 1,2 bilhão para ampliação de capacidade e melhorias em suas unidades fabris, dos quais a fase I que totaliza R$ 743 milhões encontra-se em execução.
Plataforma Gaia – O conjunto de investimentos em expansão da Irani foi batizado de plataforma Gaia, pelo seu grande impacto ambiental e elevada perspectiva de gerar cada vez mais retorno aos acionistas. Segundo o diretor-presidente da Irani, Sérgio Ribas, a plataforma, que consiste em cinco projetos, chega para ampliar competitividade, capacidade de produção e suficiência energética. A empresa ficará autossustentável em energia renovável e aumentará consideravelmente a produção de embalagens de papel para a indústria alimentícia, varejo, e-commerce e delivery.
“Seguimos firmes em nossa missão de construir relações de valor e com a plataforma Gaia, trazemos projetos desenvolvidos de 2020 a 2023 onde aliamos as melhores práticas sustentáveis à inovação e tecnologia, a fim de gerar maior desenvolvimento econômico, social e ambiental aos nossos clientes”, declara o executivo.
Com o Gaia I, que consiste na expansão da área de recuperação de químicos e utilidades nas unidades de fabricação de papel, a previsão é de que o aumento na produção de celulose seja de 29%; com o Gaia II, projeto que traz a ampliação da capacidade de produção de embalagens de papelão ondulado no Estado de Santa Catarina, essa alta será de 23%. Já no Gaia III, atualização tecnológica na máquina de papel existente na unidade de papel de Santa Catarina, novos equipamentos e automações vão permitir um aumento na capacidade de produção da máquina em 30%.
Em relação à geração de energia, haverá um aumento de 56% de aumento na geração própria de energia com o Gaia I. Já no Gaia IV, repotenciação da usina hidrelétrica Cristo Rei, localizada na unidade de papel de Santa Catarina, esse crescimento será de 10%. Com o Gaia V, repotenciação da usina hidrelétrica São Luiz, também na unidade de papel em Santa Catarina, esse crescimento será de 33%.
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